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Maria Pinto

25 abril 2019

Exposição A Imagem e a Palavra - Mar Morto, Jorge Amado - Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin (BBM) – Sala BNDES

 
 
Universidade de São Paulo
 
obra de Maria Pinto 
 
Exposição reúne obras inspiradas pelo primeiro livro de Jorge Amado

Com diferentes técnicas, artistas recontam as histórias da beira de um cais da Bahia presentes no livro Mar Morto
 
A Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin recebe a partir do dia 8 de maio a exposição "A Imagem e a Palavra - Mar Morto, Jorge Amado", com idealização e coordenação da artista plástica Altina Felício.
 
Não é a primeira vez que a BBM recebe o encontro entre a imagem e a palavra. Após uma experiência bem sucedida do mesmo projeto baseada no clássico Macunaíma, de Mário de Andrade, a escolha do romance para a nova mostra foi espontânea. A coordenadora do projeto explica: "Para a Biblioteca Brasiliana Mindlin, pensei em um escritor brasileiro, bem conhecido. Como gosto muito de Jorge Amado, lembrei do primeiro livro dele. Depois de bastante pesquisa e de reler o livro, não tive dúvida de minha escolha”.
 
 Altina convidou diversos artistas para desenvolverem obras após a leitura do livro. Eles transformaram a palavra do reconhecido escritor em gravuras, aquarelas, pinturas, cerâmicas, fotografias, desenhos, técnicas mistas e instalações. “A exposição é feita com artistas convidados, alguns conhecidos e outros por indicação. Gosto de dar oportunidade para aqueles que ainda não participaram dos meus projetos. O que eles têm em comum é o ofício de um artista visual: trabalho e conhecimento”, explica.
 
Mar Morto 
 
Em 1936, aos 24 anos, Jorge Amado publica Mar Morto, um livro poético que descreve a vida dos marinheiros no cais de Salvador.  Ele apresenta ao leitor as desventuras e amores da luta diária de trabalhadores pela sobrevivência. Com descrições ricas sobre a cor, as cerimônias religiosas de matriz africana, assim como músicas e outras manifestações culturais, o livro é um marco para a valorização dos costumes e das tradições que formam o povo brasileiro.

A leitura, que acabou se mostrando envolvente, instigante e provocativa para os artistas visuais convidados para o projeto, é também contemporânea ao relatar os naufrágios de um povo que busca uma vida melhor, como tem acontecido nas atuais ondas migratórias.

Também em um paralelo com a atualidade, Altina convida o público a pensar o título da obra. " Ele escolheu como título para seu romance o nome "Mar Morto", é claro que em outro contexto, mas para mim este nome traz as imagens contemporâneas de animais marinhos mortos e a quantidade do lixo de uma sociedade humana que não pensa na natureza como ser vivo e no quanto dependemos dela para nossa sobrevivência".

Serviço

Exposição A Imagem e a Palavra - Mar Morto, Jorge Amado

Abertura: 8 de maio – das 16h às 20h, com apresentação do conjunto musical Mosaico
Visitação | De 8 de maio a 31 de maio – das 8h30 às 18h30 (segunda a sexta-feira).
Onde | Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin (BBM) – Sala BNDES
Rua da Biblioteca, 21, Cidade Universitária, Butantã, São Paulo – SP
O local possui acessibilidade para cadeirantes.
Quanto | Gratuito
Agendamento de Monitoria | educativo@bbm.usp.br

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